Resumo:A cotação do dólar hoje, 26 de junho de 2025, registra queda frente ao real, com o dólar comercial cotado a R$ 5,516 às 11h20, uma baixa de 0,73%.

Publicado em 26/06/2025 às 13:18
A cotação do dólar hoje, 26 de junho de 2025, registra queda frente ao real, com o dólar comercial cotado a R$ 5,516 às 11h20, uma baixa de 0,73%. A desvalorização global do dólar, que enfrenta seu pior semestre em 52 anos, e o alívio na inflação brasileira, com o IPCA-15 subindo apenas 0,26% em junho, impulsionam a valorização do real. Apesar da crise política envolvendo a derrubada do aumento do IOF no Congresso, o impacto doméstico foi ofuscado por fatores externos. Este artigo analisa os motivos por trás da queda do dólar, as perspectivas para o câmbio e o que investidores brasileiros devem considerar.
Sumário:
- Cotação Atual do Dólar
- Fatores que Influenciam a Queda do Dólar
- Análise Técnica do USD/BRL
- Dados Macroeconômicos em Foco
- Como Investir no Mercado de Câmbio
- Riscos e Oportunidades no Câmbio
- Conclusão
Cotação Atual do Dólar
Na manhã de 26 de junho de 2025, o dólar comercial operava em queda, cotado a R$ 5,516 às 11h20, uma baixa de 0,73% em relação ao fechamento de quarta-feira (R$ 5,557). O dólar turismo, usado em viagens e compras no exterior, estava em R$ 5,727 (venda) e R$ 5,547 (compra). Às 10h05, o dólar à vista registrava baixa de 0,31%, a R$ 5,537, enquanto o contrato futuro para julho na B3 caía 0,07%, a 5,558 pontos. Comparado à semana anterior, quando a cotação atingiu R$ 5,564 em 25/06/2025, o dólar acumula uma desvalorização de 0,87%. Desde o início de 2025, o real se valorizou cerca de 10% frente ao dólar, impulsionado por fatores globais e domésticos.
Fatores que Influenciam a Queda do Dólar
- Desvalorização Global do Dólar: O índice DXY, que mede o dólar contra seis moedas fortes, caiu 0,48%, para 97,23 pontos, marcando o pior desempenho semestral desde 1973. Declarações de Donald Trump sobre a possível nomeação antecipada do sucessor de Jerome Powell no Federal Reserve (Fed) aumentam incertezas sobre a política monetária americana, enfraquecendo a moeda. O euro subiu para US$ 1,17, o franco suíço atingiu sua maior cotação em uma década, e a libra esterlina alcançou o melhor nível desde 2021.
- Guerra Comercial de Trump: Iniciada em abril de 2025, a política comercial errática de Trump, com ameaças de tarifas, provoca fuga de capitais dos EUA, pressionando o dólar para baixo. A proximidade do prazo de 9 de julho para acordos tarifários mantém os mercados cautelosos, mas o cessar-fogo entre Israel e Irã reduz a aversão ao risco, favorecendo moedas emergentes como o real.
- Alívio na Inflação Brasileira: O IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu 0,26% em junho, abaixo dos 0,36% de maio e da expectativa de 0,30% do consenso Reuters. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula 5,27%, inferior aos 5,40% anteriores, sinalizando menor pressão inflacionária. Isso pode aliviar a taxa Selic, atraindo fluxos de capital e valorizando o real.
- Crise Política e IOF: Apesar da derrubada do decreto que aumentava o IOF, que custará R$ 20 bilhões em arrecadação ao governo nos próximos dois anos, o impacto no câmbio foi limitado. A crise política, com tensões entre o governo Lula e o Congresso, tem menos peso frente aos fatores externos. O ministro Fernando Haddad avalia judicializar a decisão ou buscar cortes orçamentários, mas o mercado segue focado nos dados econômicos.
- Crescimento Econômico na Europa: O aumento nos gastos com defesa e o impulso fiscal da Alemanha fortalecem o euro, contribuindo para a desvalorização global do dólar, o que beneficia indiretamente o real.
Análise Técnica do USD/BRL
O par USD/BRL exibe uma tendência de baixa no curto prazo, com o dólar rompendo suportes importantes. O dólar testou mínimas intradiárias com forte pressão de venda, acumulando 60 pontos de queda na sessão de 26/06/2025. A média móvel de 3 meses indica resistência em torno de R$ 5,775, com suporte em R$ 5,40, projetado como alvo em cenários de continuidade da baixa.
- Resistências: R$ 5,557 (máxima de 25/06/2025) e R$ 5,775 (média móvel). Uma recuperação acima desses níveis pode indicar reversão altista.
- Suportes: R$ 5,486 (mínima de 20/06/2025) e R$ 5,40 (alvo técnico). Uma quebra sustentada de R$ 5,40 pode levar o dólar a níveis mais baixos.
- Riscos Externos: Tensões na guerra Rússia-Ucrânia ou mudanças na política de Trump podem reverter a tendência de baixa.
Dados Macroeconômicos em Foco
Os mercados monitoram indicadores econômicos do Brasil e dos EUA:
- Brasil: A Receita Federal divulga a arrecadação de maio às 10h30, e o Tesouro Nacional publica o resultado do governo central às 14h30. Esses dados podem influenciar a percepção de risco fiscal.
- EUA: O PIB do 1º trimestre caiu 0,5% (anualizado), pior que a estimativa de -0,2%. Pedidos de auxílio-desemprego caíram para 236 mil, abaixo dos 245 mil esperados. Encomendas de bens duráveis subiram 16,4% em maio, superando previsões de 9,4%. O índice do Fed de Chicago recuou para -0,28, indicando crescimento abaixo da média histórica.
O Índice de Preços PCE, principal medida de inflação do Fed, será divulgado na sexta-feira e pode impactar as expectativas de juros, influenciando o dólar.
Como Investir no Mercado de Câmbio
Investir no mercado de câmbio, especialmente no par USD/BRL, exige atenção à volatilidade e aos fatores macroeconômicos. Opções incluem:
- Compra de Dólar Físico: Ideal para viagens ou proteção contra desvalorização do real, mas sujeito a taxas como IOF. Cotações do dólar turismo estão em R$ 5,727 (venda).
- Contratos Futuros: Negociados na B3, permitem especular sobre o USD/BRL com alta liquidez.
- ETFs e Fundos Cambiais: Fundos como o Trend Dólar XP oferecem exposição ao dólar com menor complexidade.
- Conta Internacional: Permite manter dólares em contas no exterior para hedge ou transações internacionais.
- Hedge via Derivativos: Importadores e investidores podem usar contratos de hedge para proteger contra oscilações, aproveitando a cotação atual mais baixa.
Alguns especialistas sugerem que o real está subvalorizado, com um valor justo estimado em R$ 5,08, indicando potencial de apreciação.
Riscos e Oportunidades no Câmbio
Oportunidades:
- Valorização do Real: A queda do dólar para R$ 5,516 favorece importadores e viajantes brasileiros, reduzindo custos em produtos e serviços no exterior.
- Hedge Acessível: A cotação atual permite contratos de hedge mais baratos, conforme analistas da EQI.
- Cenário Externo Favorável: O crescimento europeu e o cessar-fogo Israel-Irã sustentam moedas emergentes.
Riscos:
- Crise Política Doméstica: A derrubada do IOF e a tensão entre governo e Congresso podem elevar o risco fiscal, pressionando o real.
- Volatilidade Global: Declarações de Trump ou escalada de tensões geopolíticas podem fortalecer o dólar rapidamente.
- Inflação e Juros nos EUA: Um PCE acima do esperado pode levar o Fed a manter juros elevados, fortalecendo o dólar.
Conclusão
A cotação do dólar hoje, 26/06/2025, reflete um cenário de queda, com o dólar comercial a R$ 5,516, impulsionada pela desvalorização global da moeda americana e pelo alívio na inflação brasileira (IPCA-15 a 0,26%). Apesar da crise política com a derrubada do IOF, fatores externos, como as críticas de Trump ao Fed e a guerra comercial, dominam o mercado. Para investidores brasileiros, a valorização do real oferece oportunidades para importações e hedges, mas a volatilidade exige cautela. Acompanhe plataformas como a WikiFX para análises em tempo real e escolha corretoras regulamentadas para operar no mercado de câmbio. Considere estratégias de gestão de risco, como stop loss, para proteger seu capital em um cenário de incertezas globais e domésticas.
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